segunda-feira, 30 de junho de 2008

Eles passarão, eu passarinho...

Com a palavra, Mário Quintanda...

"Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz com uma outra pessoa você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe, também, que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem (ou a mulher) da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, principalmente a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando... mas quem estava procurando por você..."

domingo, 29 de junho de 2008

Ainda sobre a homeschooling (3)

Um Open Thread. do Pedro Dória postado aqui,

A discussão ainda é sobre o homeschooling. uma boa discussão

http://pedrodoria.com.br/2008/06/28/educacao-no-open/#comments

Mundo Prosa: Ainda sobre a homeschooling (2)

Ainda sobre a homeschooling (2)

Editorial da folha de hoje
Educar sem medo
A HISTÓRIA do casal que luta na Justiça pelo direito de continuar ensinando seus filhos em casa é emblemática dos limites entre as liberdades individuais e as obrigações do Estado na tutela de menores.
A decisão dos pais de retirar seus filhos, de 14 e 15 anos, da escola para educá-los por conta própria não parece a mais acertada. Freqüentar uma instituição de ensino é importante não só para o desenvolvimento intelectual, mas também para que o jovem, através do convívio com colegas e professores, aprenda a relacionar-se socialmente.
Assim, se o que de fato motivou o casal a aderir ao "homeschooling" (ensino domiciliar) foi o baixo nível da escola pública, teria sido muito mais simples apenas complementar a educação das crianças em casa, sem retirá-las da instituição em que estavam matriculadas.
Feito esse reparo, é preciso ressaltar que nada justifica a violência com que o Ministério Público vem atuando. Os pais dos garotos já foram processados e condenados em primeira instância na esfera civil e respondem a uma ação penal, que poderá resultar na perda da guarda.
De fato, o "homeschooling" não está regulamentado na legislação brasileira, que ainda ressalta a obrigatoriedade de pais matricularem seus filhos em estabelecimentos oficiais de ensino em pelo menos três diplomas: o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Código Penal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Mas, mesmo que os promotores estejam cobertos de razões legais, não faz sentido tratar pais que educam seus filhos em casa como se fossem criminosos que negligenciam a formação intelectual das crianças. É ridículo até imaginar que os garotos estariam melhor numa Febem ou sob a responsabilidade de estranhos do que em seu lar.
Uma das receitas para criar grandes injustiças é aplicar com máximo zelo todas as leis existentes em todas as situações possíveis. O que diferencia bons e maus policiais e promotores é a capacidade de discernir entre ameaças e bagatelas.
Fonte: Folha

Para Crêr: John Piper e a teologia da Prosperidade

Autor da Teologia da Alegria fala sobre a Teologia da prosperidade.

sábado, 28 de junho de 2008

Sobre a homeschooling

Eu sou contra por que criança na escola é o meu ganha pão, né... rs rs rs Mas é interessante ver como os cristãos passaram de uma religião perseguida, para se tornar religião oficial do Estado, e depois como a Reforma protestante revolucionou a sociedade possibilitando a aprendizagem e a educação fora do terreno da igreja Católica. Agora que o Estado é laico, e incompetente, mais incompetente do que laico, diga-se de passagem, (e não falo só do Brasil) alguns cristãos educam os seus filhos em casa. Se não é novidade fora na Europa e nos EUA, aqui no Brasil um casal esta sendo processado por abandono intelectual ao educar os seus filhos em casa. É que o homeschooling, como é conhecido nos EUA, não é permitido no Brasil.

Na reportagem da Folha de São Paulo do dia 28 de Junho, designer gráfico, autodidata Cleber Nunes diz que a disciplina em casa com os dois filhos começa as 7h com a leitura da bíblia e que incluem também a aprendizagem do hebraico.

Trecho da matéria:
Segundo ele, a rotina escolar doméstica começa às 7h com a leitura da bíblia. "Não temos uma religião definida. Não somos nem católicos, nem evangélicos." Nos EUA, o "homeschooling" é praticado por grupos religiosos.

Ainda segundo a reportagem, "os filhos de Cleber Nunes aprendem, retórica, dialética e gramática, aritmética, geometria, astronomia, música e duas línguas estrangeiras -inglês e hebraico."

A disciplina (de tradição judaico-cristã) gerou resultado, os filhos de Cleber e Bernadeth Nunes que têm 14 e 15 anos prestaram vestibular e passaram entre os 15 primeiros colocados e não cursam a faculdade de Direito por não terem idade suficiente. Mas a aprovação na universidade servirá de defesa para os advogados do casal.

O "homeschooling" é regulamentado em países como Canadá, Inglaterra, México e alguns Estados dos EUA. Ao todo, 2 milhões de crianças seguem esse sistema de ensino, segundo a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

Fonte: Folha

Blogs e matérias sobre o caso, e um site de materiais cristãos sobre a educação escolar na escola:

http://www.cpb.com.br/

http://www.youtube.com/watch?v=01TjpmuYcQo

http://escolaemcasa.blogspot.com/2008_03_01_archive.html

http://www.home-school.com/

http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=82&materia=1051

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Guimarães Rosa

Não podia de deixar de postar neste fim de dia alguma coisa sobre o nosso querido finado Guimarães Rosa. Hoje ele faria 100 aninhos.

"Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando."

"Quando nada acontece há um milagre que não vemos”,

"Deus existe mesmo quando não há".

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O que é a Modernidade

Sabedoria de Millor

Moderno. Moderno em relação a quê? Moderno é apenas um pressuposto cronológico. Se o rádio tivesse sido inventado depois da televisão as crianças sairiam correndo, maravilhadas: "Mamãe, mamãe, inventaram uma televisão sem cara!"

Millor Fernandes

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Poeta é Deus

Que Deus seja o poeta da minha vida no início deste inverno, e siga poetizando em mim na Primavera, Verão, Outono e Inverno novamente...

Eterno é Deus,
Tudo o mais é só folha de alfazema
Que o vento leva no doce perfume da açucena,
Águas passadas nas longas braçadas do moinho,
Leve desenho na pena de um livre passarinho.

Eterno é Deus,
E o resto é a sombra de uma nuvem
Sobre a corrente das águas que de repente surgem
E prontamente se escoam na sequidão da terra,
Um pensamento, uma flecha do arqueiro, quando erra.

Poeta é Deus,
Sou apenas o verso de um poema.
Ele é palavra, eu sou o desejo de um fonema,
Verso branco, breve
À espera do seu tema.

Eterno é Deus,
Tudo o mais é uma gota de sereno
Que de manhã cobre a folha da grama no terreno.
Ao meio-dia é apenas lembrança pouca e vaga,
É trilha incerta, é uma estrada deserta e ensolarada.

Poeta é Deus,
Sou apenas poeira do caminho.
Ele é o rio que me leva assim, devagarinho,
Pela vida afora, nunca mais sozinho.

poema de Gladir Cabral

http://gladircabral.blogspot.com/2006/04/poeta-deus.html

domingo, 22 de junho de 2008

Hoje é o meu aniversário

Hoje eu completo 10.227 dias em 1461 semanas...
é o que indica o seguinte site
http://www.korn19.ch/coding/days.php

Para crer: Momento Novo

No meu aniversário posto um texto antigo, que escrevi há uns dois anos...

Momento Novo

“Deus também fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração o anseio pela eternidade...”
Palavras de um sábio

“Sempre e eternamente é o dia de hoje e o dia de amanhã será um hoje, a eternidade é o estado das coisas neste momento”.
Clarice Lispector


Não sei como será a eternidade; como será quando não mais estivermos no tempo, pois a eternidade, acredito, é a ausência do tempo e por isso não haverá mais espera, não haverá mais momentos. Como é difícil se imaginar fora do tempo, tomo a liberdade para chamar a eternidade de um momento esperado por nós cristãos; melhor, de um Momento Novo! Será um Momento Novo e único que jamais terá fim. Esses dias, ainda inquieto com a eternidade, perguntei para quem acho que melhor entende do assunto: crianças; são as únicas ainda não contaminadas com a forma de tempo dos adultos. Então perguntei: “Como você acha que vai ser o céu?” Elas traduzem o céu com coisas simples presente na vida delas e eu acredito que seja um pouco disso, ainda que a eternidade seja indescritível é possível perceber rumores dela hoje entre nós.

Ainda assim não sei como será a eternidade, se lá iremos nos reconhecer saber quem é quem, mas continuo a pensar e espero ansiosamente por este Momento Novo em que nos reuniremos com Jesus e os doze; espero pelo momento em que poderei apresentar á Abraão quem me levou a conhecer as suas histórias e de outros heróis da fé. O homem mais manso da terra eu quero procurar pessoalmente para que conheça os meus pastores e outros que tiveram tanta paciência comigo. José conhecerá jovens que também sonharam em Deus com tempos melhores; Rute vai conhecer outras moças que diante do desespero escolheram o Deus vivo; para Davi explicarei que gigantes deixaram de existir, mas seu exemplo nos ajudou a vencer muitas dificuldades. Daniel verá jovens, amigas e amigos meus que não se contaminaram com iguarias modernas e continuaram tão belos e belas quanto o próprio. A quem escreveu os Provérbios quero dizer que mais do que qualquer literatura, Provérbios com outros livros da bíblia nos fizeram transformar o que havia em nós em paraíso.

Quero esse Momento Novo com Jesus, e Maria aos seus pés. Ao dono do jumentinho que Jesus usou para entrar em Jerusalém quero apresentar outros donos de carros, talentos e tantas outras coisas que também estiveram à disposição do Senhor. Barnabé, o gente boa, não pode faltar nesse Momento Novo em que finalmente ouviremos a voz do Mestre.

A verdade é que a Eternidade é o Momento Novo que mais anseio e você faz parte dela, ainda que tenha dúvidas de como será, não tenho dúvidas de quem quero encontrar lá. O que entendo por eternidade só faz sentido se lá tiver o melhor do hoje e melhorado, pois a minha eternidade tem o sabor do hoje, do agora.

Um abraço. Até lá.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Vinícius de Moraes para o começo do inverno

Para a estação mais bela do ano um soneto do nosso poetinha...

Soneto ao inverno

Inverno, doce inverno das manhãs
Translúcidas, tardias e distantes
Propício ao sentimento das irmãs
E ao mistério da carne das amantes:

Quem és, que transfiguras as maçãs
Em iluminações dessemelhantes
E enlouqueces as rosas temporãs
Rosa-dos-ventos, rosa dos instantes?

Por que ruflaste as tremulantes asas
Alma do céu? o amor das coisas várias
Fez-te migrar - inverno sobre casas!

Anjo tutelar das luminárias
Preservador de santas e de estrelas...
Que importa a noite lúgubre escondê-las?

Vinícius de Moraes

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Eu finjo ter Paciência...

Eu não me lembro qual canção eu conheci primeiro, “Paciência” ou “Correr Atrás do vento”.

Enquanto Carlinhos Veiga em sua viola cantarola: Correr a vida é muito pouco / Sem pressa, o mundo é muito mais.

Lenine ao som da harpa canta: Enquanto o tempo acelera e pede pressa/ Eu me recuso faço hora vou na valsa/ A vida é tão rara / Enquanto todo mundo espera a cura do mal/ E a loucura finge que isso tudo é normal/Eu finjo ter paciência.

É preciso ter calma, paciência e, às vezes, fingir não viver nesse mundo onde tudo é speed, porque o mundo sem pressa é muito mais e correr a vida é muito pouco. Quero a minha vida ao som da harpa e sempre lembrar que o homem que mais impactou a humanidade foi Cristo que, quando muito, andou em cima de um jumentinho emprestado.

Segue a música do lenine e a letra do Carlinhos Veiga
Correr Atrás do vento
Correr Atrás do Vento
O tempo corre, o mundo passa
Um sonho vinga, outro sonho jaz
O vento dita a velocidade
Mesmo cansado, eu sigo atrás

Não somos filhos do louco tempo
Nós somos filhos da Eterna Paz
Correr a vida é muito pouco
Sem pressa, o mundo é muito mais

Arar a terra com lindos sonhos
Prenhar o chão, plantar ideais
Sem Cristo, a vida com o tempo seca
Sem verde, a vida é correr atrás.

Carlinhos Veiga (Album "Menino", 1999)

Bobby McFerrin - Ave Maria

Bobby McFerrin estava no toque do meu celular e eu não sabia, só soube quando eu vi esse vídeo e outros deles no You tube. Hoje ele já esta no Brasil e estará no domingo dia 22 no Theatro Municipal ás 19h por R$ 50,00 pilas o lugar mais barato. Eu estarei na igreja, de corpo e alma, mas como queria ter apenas um ouvidinho lá no Theatro, Ah... isso sim...

O que é o dinheiro?!

Pra pensar com Millor...
É tal a força do dinheiro que, por isso mesmo, é o único veículo de transa social que não utiliza, em sua promoção, imagem de mulher nua ou pelo menos sexy. Você nunca viu papel moeda com seios, coxas ou bumbuns estampados. Em todo o mundo as notas só nos mostram escritores barbudos, políticos carecas, santos esquálidos. No máximo uma Rainha Vitória, uma imagem da republica, bonita, mas machona ou uma égua acabrunhada montada por um herói oficializado (o que não teve tempo de fugir) (...). Não, o dinheiro não precisa desses reforços afrodisíacos. Formal, careta, feio, sujo, rasgado, colado, ele é sempre mais sexy do que a Marilyn em seus melhores momentos.
Millor Fernandes

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Resmungos gramaticais

Resmungos gramaticais
Acho que foi o primeiro texto do Ferreira Gullar que comecei a ler consegui terminar.

NÃO TENHO, obviamente, a intenção de aborrecer o leitor com minhas manias. Aliás, se dependesse de mim, só escreveria crônicas divertidas em vez de resmungos, graçolas. Mas é que sofro de manias e uma delas é de chatear-me com certas expressões, que vão se tornando comuns e que me parecem erradas. Está bem, está bem, já sei que não existem erros no uso do idioma, pelos menos, essa é a opinião dos lingüistas, e a última coisa que quero é ser considerado por eles um sujeito ultrapassado e ranheta. Mas que posso fazer? Se o cara, referindo-se à semana em que estamos, diz "essa" em vez de "esta", tenho vontade de lhe mostrar a língua.

Lembram-se da época em que, a três por dois, usava-se a expressão "a nível de"? Essa é uma expressão espanhola e a pronúncia correta é "nivél", com acento na última sílaba. Não se sabe como nem por que, políticos, jornalistas, deputados, advogados passaram, todos, a usá-la. Começaram dizendo, por exemplo, "a nível de teoria política", depois "a nível de perseguição policial" e chegaram a jóias como "a nível de ração para cachorros". Eu sei que está tudo correto e que eu é que sou um chato de galocha, mas sinto-me aliviado ao ver que a mania passou e já ninguém fala "a nível de". Chego a consolar-me com a suposição de que a língua mesma se encarrega de expurgar esses contrabandos verbais.

Ainda assim, tenho minhas dúvidas, pois a cada momento ouço pessoas instruídas e inteligentes falarem "isso não significa dizer", o que é uma tradução ruim do inglês. Por que não usam a expressão nossa, legítima e simples "isso não quer dizer"? E a mania agora (já de algum tempo) é usar o verbo postergar em vez de adiar. Você diria a alguém: "aquele nosso almoço vai ter que ser postergado?" Se não falaria assim, não escreva assim, essa é uma boa regra. Mas por que me incomodar com isso, já que ser pernóstico não é o pior dos defeitos?

Há defeitos piores, claro, e mesmo no terreno do idioma, em que todo tipo de atentado à língua se vê com muita freqüência no nosso dia-a-dia. Como disse, não estou querendo encher a paciência dos leitores, mas já repararam como alguns comentaristas de futebol usam certos verbos? Sabemos que o futebol tem um universo verbal próprio, bastante pitoresco, aliás, contra o qual nada tenho a opor, muito pelo contrário. Acho até divertido quando o pessoal se refere a "essa" bola. Nunca dizem, por exemplo, "ele podia ter chutado a bola" e, sim, ter chutado "essa" bola. O jogador nunca "perdeu a bola" e, sim, "perdeu o domínio". São modos de falar muito pitorescos. O que me incomoda, porém, é quando dizem "Ronaldo machucou". Machucou o que? O pé, o tornozelo? Não, querem dizer que ele "se machucou", mas decretaram o fim do modo reflexivo do verbo machucar. E também do verbo "classificar". Se pretendem dizer que o Corinthians não se classificou para disputar a Taça Libertadores, dizem "o Corinthians não classificou", como se o verbo fosse intransitivo. A origem disso, não sei qual é, se nasce da corriola futebolística paulistana, mas a verdade é que, como falam para milhões de pessoas, terminarão por impor esse uso errado dos verbos ao resto do país. Perde-se alguma coisa? Vai alguém morrer em conseqüência disso? Não... então, só me resta ficar resmungando no meu canto, mesmo porque podem alegar que, no terreno da gramática, a zorra é total. Não se ouve na TV "as milhões de pessoas"? E como explicar por que o advérbio "sobre" passou a ser usado a torto e a direito em frases como "convencer as pessoas sobre a importância da lei" em vez de "da importância da lei" ou "ele discute sobre problemas sociais" em vez de "ele discute problemas sociais"?

Mas ao folhear um volume de Machado de Assis, deparo-me com a seguinte expressão: "A família Batista foi aposentada em casa de Santos". Como aposentada na casa? Mas logo percebo que ele se refere aos aposentos que constituem uma casa, ou seja, a família Batista passou a ocupar um aposento da casa de Santos e, por isso, ficou "aposentada" ali. Descubro que a acepção atual é que é metafórica e decorrente daquela. E aí minhas convicções de patrulheiro vernacular começam a esvair-se. Continuo a folhear o livro: "o amor da glória", em vez de "o amor à glória", e pior: "a dona não adia da intenção de tomar o que era seu". Não paro de me surpreender: "cabava de nascer", por "acabava", e este uso de "esquecer": "também não me esqueceu o que ele me fez uma tarde".

Diante disso, meto a língua no saco, se se pode dizer assim.
Ferreira Gullar

Segunda Versão: Claude Lelouch

Como os deficientes auditivos viram o 11 de setembro...

domingo, 15 de junho de 2008

Para Crêr: Cecilia Meireles

Falai Com de Deus Com a Clareza - Cecília Meireles

Falai de Deus com a clareza
da verdade e da certeza:
com um poder

de corpo e alma que não possa
ninguém, à passagem vossa,
não o entender.

Falai de Deus brandamente,
que o mundo se pôs dolente,
tão sem leis.

Falai de Deus com doçura,
que é difícil ser criatura: bem o sabeis.

Falai de Deus de tal modo
que por Ele o mundo todo
tenha amor

à vida e à morte, e, de vê-lo,
o escolha como modelo
superior.

Com voz, pensamentos e atos
representai tão exatosos
reinos seus

que todos vão livremente
para esse encontro excelente.
Falai de Deus.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

U2 - I Still Haven't Found What I'm Looking For

Eu vim ter conhecimento dessa música, numa igreja pelo cantor e compositor Jorge Camargo. A música fala do que todos nós procuramos e só podemos encontrar em Deus, que em Jesus Cristo nos afirma a vinda do Seu Reino; sim, eu Acredito na vinda do Reino.

I Still Haven't Found What I'm Looking For (tradução do site Terra)
U2
Composição: Indisponível

Eu Ainda Não Encontrei O Que Estou Procurando
Eu já escalei as montanhas mais altas
Eu já corri através dos campos
Só para estar com você
Só para estar com você

Eu corri, eu rastejei
Eu escalei os muros da cidade
Estes muros da cidade
Estes muros da cidade
Só para estar com você

Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando
Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando

Eu beijei labios de Mel
Eu senti a cura na ponta dos dedos dela
Queimou como fogo
Esse desejo ardente

Eu falei com a língua dos anjos
Eu segurei a mão do demonio
Estava quente à noite
Eu estava frio como uma pedra..

Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando
Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando

Eu acredito na vinda do Reino
Então todas as cores
irão sangrar em apenas uma
irão sangrar em apenas uma
Mas sim, eu ainda estou correndo

Você quebrou as ligações, você afrouxou as correntes
Você carregou a cruz
E a minha vergonha
E a minha vergonha
Você sabe que eu acredito nisso

Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando
Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando

terça-feira, 10 de junho de 2008

A morte é uma dádiva... Luís Fernando Veríssimo.

O filósofo e seu cachorro
O filósofo costumava falar com seu cachorro. Os dois estavam chegando ao fim da vida ao mesmo tempo e a idade os aproximara ainda mais. O filósofo não podia mais ler ou escrever, falar com o cachorro era a única maneira de desfiar seus pensamentos, pois sua mente continuava ativa. A família do filósofo não tinha muita paciência para ouvir suas divagações enquanto o velho cachorro não tinha mais nada para fazer a não ser ficar deitado aos pés de seu dono enquanto ele falava, falava, falava. O filósofo sabia que o cachorro provavelmente dormia ao som de sua voz, mas não se importava. Pelo menos sua voz tinha um destino, dois ouvidos leais ao invés de se perder no espaço vazio da biblioteca. Mas um dia aconteceu o seguinte: o cachorro respondeu. O filósofo tinha dito:
-Pensado bem, a morte é uma dádiva.
E o cachorro:
-Desenvolve.
O filosofo olhou em volta. Quem dissera aquilo? Perguntou para o espaço vazio:
-O que?
-"A morte é uma dádiva." Desenvolve a tese.
Não havia dúvida, quem estava falando era o cachorro. O filósofo hesitou, limpou a garganta, depois disse:
-Bem, não é exatamente uma tese. É mais um consolo.
-Como assim? O cachorro falava sem abrir os olhos.
-Você já pensou - disse o filósofo - se nós vivêssemos para sempre? Estaríamos obrigados a entender o Universo. As razões da existência, o sentido da vida, essas coisas. Como são coisas incompreensíveis, viveríamos com a permanente consciência da nossa incapacidade, da nossa insuficiência mental. Do nosso fracasso. Seria uma angústia eterna.
-E a morte é melhor do que isso?
-A morte nos exime. Somos visitantes do Universo. Suas grandes questões não nos dizem respeito, pois estamos aqui só de passagem. A finitude é a nossa desculpa para não precisar entender. A dádiva da morte é nos tornar iguais a vocês.
-Nós quem?
-Os bichos. Vocês têm cosmogonias? Especulações metafísicas? Algum tipo de inquietação existencial?
-Eu, não. Não posso falar pelos outros. Mas vem cá...
-O que?
-Não é justamente o fato de vocês serem mortais, finitos e passageiros que dá origem a todas as cosmogonias, a toda metafísica? A morte não é mãe da filosofia?
-A recusa da morte é a mãe da filosofia. A idéia de deixar de existir é profundamente repugnante para o nosso amor próprio. Aceitando a morte como um consolo, como um álibi, eu também estou me livrando dessa absurda pretensão do meu ego que é a de que eu não posso simplesmente acabar. Logo eu, de quem eu gosto tanto. Por isso se inventam religiões mil, e mil e uma maneiras da vida continuar, nem que se volte como um cachorro.
-Epa.
-Foi só um exemplo. Mas eu renuncio à filosofia, renuncio de toda especulação sobre o mistério de ser, e aceito o meu fim. Estou pronto a pensar no Universo e na morte como um bicho.
-Mas eu nunca penso no Universo ou na morte.
-Exatamente. Porque você não sabe que vai morrer.
-Fiquei sabendo agora. Obrigado, viu?
-É isso que eu quero. Essa sábia ignorância, essa burrice caridosa... Podemos até trocar de lugar, se você concordar. Lhe dou todas as minhas especulações minhas teses, meu ego e minha angústia, em troca da sua paz.
-Acho que sua família não aprovaria. E não sei se eu ficaria bem de cardigã.
Nisso a neta do filósofo entrou na biblioteca e tentou acordá-lo, sacudindo-o e dizendo "Vô, vô, o lanche", mas não conseguiu, e foi correndo chamar a mãe. O cachorro também continuou com os olhos fechados.
Luís Fernando Veríssimo.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Segunda Versão: 11'09''01 - Sean Penn

Não encontrei legendado, mas é perfeitamente inteligível mesmo por quem não saiba nada de inglês... um dos melhores filmes do 11'09''01.

domingo, 8 de junho de 2008

TAS na TRIP



Marcelo Tristão Athayde de Souza Não sabia eu que ele se chamava assim... ta explicado por que é Tas... e na entrevista concedida à Trip se entende outras coisas como, por exemplo, apareceu tardiamente o CQC na TV brasileira, também fala de Neto, Rogério Ceni, alucinógenos, trabalho e política.

Casamento é cultural, sexo não!

Retirei o texto a seguir do site Lion de Zion que cheguei através do Pavablog. O texto intitulado A formalidade do Casamento e o sexo livre. O texto inicia falando da virgindade e depois da união civil, e lembrando que casamento é cultural... um bom texto, me faz pensar, e muito.

Segue um trecho...

"O casamento jurídico, especificamente, tem ou não existido na história dos povos. Para Chauí “Somente com a consolidação das revoluções burguesas, com aquilo que alguns designam como o ‘desencantamento do mundo’ (isto é, a perda do poderio religioso católico-romano sobre a sociedade) e com o advento do Estado moderno, o casamento passou a ser cerimônia civil, sob o controle do Estado”.

O conceito é de que o sexo traz união matrimonial e entrelaça normalmente na expectativa de uma vida amorosa e outros conceitos são adjetivos, importantes sim dentro das comodidades individuais e necessárias, mas não essenciais. A prática religiosa contemporânea, contudo, e infelizmente, parece ter invertido essa escala de importância. Tornando aquilo que era espontaneo em formal e dando um impacto de importância no cerimonial, além do mais começamos a casar de “papel passado” e o amor, a responsabilidade e a qualidade dos relacionamentos ficaram em último plano."

Para ler o texto completo clique aqui.

Esse texto gerou muitos comentários, dentre eles o que mais me chamou atenção foi esse.

"O entorno do casamento é cultural, realmente. O que a gente não pode fazer de jeito nenhum - DE JEITO NENHUM, sob pena de levar uma vida amarga e infeliz - é ignorar a importância desses elementos culturais pra cada um de nós. Somos TODOS seres 100% simbólicos. Os símbolos da união matrimonial mudam de tempos em tempos, de lugar pra lugar, mas nem por isso precisam ser desconsiderados ou descartados! Ninguém nasce fora de uma cultura. Logo, todo mundo é parte de uma, seja qual for”.

Para Crêr: Pr. John Piper

Para Crêr com o Pastor John Piper, legendado. O que é o evangelho? 6 munutos de evangelho...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Tenho lido

Há 94 anos...

O livro Tunel do Tempo é do Professor José Sebastião Witter, a obra reúne textos de vários autores em vários jornais no período do Império e início da República, entre os textos estão os de Euclides Cunha, João do Rio e do celebrado do ano, Machado de Assis. Foi um desses livretos que você pega pra ler ao longo do tempo sem pressa, comprei-o na USP o fim do ano passado e leio meio que sem compromisso. Mas tenho me surpreendido com alguns trechos como esse a seguir sobre os nossos políticos.

Com a palavra Amadeu Amaral, escritor poeta e Jornalista, sobre o que falta aos nossos políticos no texto intitulado “Por ai” que escreveu para o "Estado de São Paulo" em 8 de junho de 1913.

Os nossos políticos são desapaixonados. Façamo-lhes justiça. Pascal, que conhecia um bocado estas coisas, disse que nada de grande se faz neste mundo sem a paixão. Ora, pelo fruto se conhece a árvore... Não, o que lhes falta é justamente a capacidade de se apaixonar. Seguem demasiadamente à risca o preceito desacreditado dos estóicos: arrancam de si até as raízes das paixões, escaralcho daninho que afoga o raciocínio e perturba o exercício regular das faculdades nobres do espírito... Eles não se comovem - calculam.

Amadeu Amaral
O Estado de São Paulo
8 de Junho de 1913
Há 94 anos constatava-se que não era só vergonha que faltava aos nossos políticos

Refilmando o soldado Ryan

6 de Junho de 1944 refilmado.




prosado em Pedro Doria

o dia D

Site com fotos, de museus, cemitérios e mapas da batalha da Normandia em 6 de junho de 1944

http://www.normandie44lamemoire.com/versionanglaise/fichesvillesus/collstlaurus2.html

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O meio Ambiente por Angeli e Jasiel








Por que jogamos na loteria?

Matemáticos e economistas adoram fazer tabelas com as chances de investimentos darem certo ou errado e dizem que devemos usá-las para tomarmos decisões racionalmente. Faz sentido, é claro. Só não funciona na prática -porque o ser humano teima (felizmente!) em não se guiar apenas pela razão. Por exemplo: diz a matemática financeira que devemos sempre aceitar qualquer divisão, de prêmios ou balas, que nos for ofertada. Mesmo as injustas: afinal, qualquer coisa no bolso é melhor do que um bolso vazio. No entanto, ofertas injustas despertam protestos do córtex da ínsula, aquela parte do cérebro que sinaliza desgosto e repulsa. Se a ínsula fala alto o suficiente, seus protestos ganham das tendências racionais -e acabamos por recusar uma oferta que, racionalmente, deveríamos ter aceito.

Loterias são exemplos divertidos do oposto: situações em que a razão manda não fazer investimento algum, pois a chance de retorno é ínfima. A própria Caixa deixa bem claro em seu site: a chance de um apostador da Mega-Sena jogar em seis números e acertar todos os seis em um concurso qualquer é de 1 em 50 milhões.

Dito de outra forma, quem faz um jogo tem 49.999.999 chances em 50 milhões de apenas ficar R$ 1,50 mais pobre. O córtex pré-frontal toma nota e vota -racionalmente- por guardar o R$ 1,50 no bolso. Mas outra parte do cérebro pensa em outra coisa: quão bom seria ganhar o prêmio? Por mais que seja improvável, o evento de um prêmio de vários milhões de reais certamente seria razão de grande euforia e de muitas coisas desejáveis -casa própria, carro, segurança. O sistema de recompensa, que sinaliza para o restante do cérebro o que tem chances de dar bons resultados, também toma nota e dá seu voto.

Quem toma a decisão, no final das contas, parece ser uma região no centro do córtex pré-frontal, que pesa os possíveis custos (quanto a ínsula se importa de perder R$ 1,50) e benefícios (quanto o sistema de recompensa gostaria do prêmio). Pelo jeito, essa parte do cérebro de cerca de 2 milhões de brasileiros entende a cada concurso que R$ 1,50 é um custo baixo para concorrer à chance, mínima, mas real, de ganhar uma bolada. Se fôssemos puramente racionais, nunca apostaríamos na Mega-Sena -e, como o prêmio vem da arrecadação com as apostas, não haveria prêmios milionários a dividir entre improváveis ganhadores. (grifo nosso) Afinal, certo mesmo é o seguinte: quem não joga na loteria tem 100% de chances de não ganhar!

fonte folha

SUZANA HERCULANO-HOUZEL, neurocientista, professora da UFRJ, autora do livro "Fique de Bem com o Seu Cérebro" (Editora Sextante) e do site O Cérebro Nosso de Cada Dia (http://www.cerebronosso.bio.br/)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

CQC na Marcha para Jesus 2008

Me impressiona como esses crentes da Renascer se comportam diante do lastimável episódio Estevam e Sonia no Xadrez, e no xadrez por motivos nada digno. Menos feio seria dizer-se vitima de uma espécie de Cleptomania, e sair um pouco da mídia como fez um conhecido nosso; depois lança uma biografia para limpar a barra e pronto.
prosado em Pava blog

Preso por 41 horas no elevador

Com um pouco de atraso e copiado do http://pedrodoria.com.br/ segue o video do homem, Nicholas White, que ficou preso por 41 horas dentro de um elevador.



Agora, a Paródia do mesmo http://pedrodoria.com.br/

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Se não tivessem morrido cedo?

O artista polonês Andrzej Dragan resolveu usar o photoshop para especular como ficariam Marilyn Monroe, Bruce Lee e Adolf Hitler se tivessem chegado à velhice.
prosado em http://www.laryff.com.br/

Segunda Versão: 11’09’’01 September 11 por Ken Loach

Alguém já disse que somos uma geração privilegiada, por diversos motivos entre eles por vivermos o inicio da queda do Império Americano. De fato, é impossível se esquecer as cenas da queda das torres gêmeas, que se hoje não são prenuncio de uma queda do império, num futuro próximo serão anunciadas como tal, creio eu. A casa tá caindo pros caras. Da queda das torres não só não me esqueço de onde estava, como também me lembro de uma produção francesa, (Sempre os franceses!!!) que assisti um ano depois, mais precisamente em 04-12-2002 às 17 e 30 chamada 11’09’’01 September 11. Trata-se de uma co-produção com 11 diretores espalhados pelo mundo sobre o 11 de Setembro. O filme deste post mostra uma versão do canadense Ken Loach sobre um outro 11 de setembro, o 11 de Setembro de 1973 no Chile. É uma versão para americano nenhum botar defeito. Ainda irei postar os outros na medida em que eu os encontrar disponíveis.

domingo, 1 de junho de 2008

Para Crêr: Henri Nouwen

Confessando a Idolatria
O fato de Deus estar excluído de uma grande parte dos nossos pensamentos nos leva a uma estrada que, provavelmente, em nossa consciência, jamais gostaríamos de percorrer. É a estrada da idolatria. Idolatria significa a adoração de falsas imagens, e isso é exatamente o que acontece quando guardamos nossas fantasias, preocupações e alegrias para nós mesmos e não as apresentamos a Deus, que é o nosso Senhor. Quando recusamos compartilhar esses pensamentos, limitamos o senhorio de nosso Deus e edificamos pequenos altares para as imagens mentais que não desejamos submeter a um dialogo com Deus.
Lembro-me distintamente que, certa vez, fui a uma consulta com um psiquiatra para queixar-me de minha dificuldade de controlar minha vida de fantasias. Disse-lhe que imagens importunas continuavam a aparecer e que achava difícil livrar-me delas. Depois de ouvir minha história, ele sorriu e disse: “Bem, padre, como sacerdote, o senhor deveria saber que isso é idolatria, pois seu Deus diz que o senhor não deve adorar falsas imagens”. Só então percebi plenamente o que significava realmente pecar em pensamente, não apenas em palavras e ações. E confessar a idolatria, uma das mais antigas e mas difundidas tentações.
Henry Nouwen