terça-feira, 30 de setembro de 2008

E o que é essencial?

E o que é essencial? Para esta questão recorreremos a Mario Sérgio Cortella: “Essencial é tudo aquilo que você não pode deixar de ter: felicidade, amorosidade, lealdade, amizade, sexualidade, religiosidade. Fundamental é tudo aquilo que o ajuda a chegar ao essencial”

Mario Sérgio Cortella,

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Pauta (nada) pedagógica

Notas de uma reunião pedagógica em uma escola pública da Periferia de São Paulo.

Começa a reunião e o responsável pela organização da mesma anuncia que o traficante Pezão sumiu da área e perdeu as bocas de fumo da redondeza. Sem o Pezão no comando as drogas correm solta em lugares que nunca deveria ter entrado (e onde é que a droga deveria ter entrado, hein??? Me responda cidadão?!); por essa ausência de autoridade é que alunos-usuarios como noslined e iuhc* tomaram a liberdade de vender drogas na escola.

Uma sugestão para resolver esse problema é pedir ajuda para outros traficantes Mirão ou Serginho de áreas vizinhas para cuidar e botar ordem na área na ausência de Pezão, dizer pra eles que na Escola não é nada legal vender drogas, atrapalha o andamento das coisas e tal, presenteia eles também com a trilogia do O Poderoso Chefão, e manda um professor de história dar uma contextualizada, desenvolve para eles a idéia de que o Estado pode estar ausente, mas eles precisam garantir o mínimo de ordem dentro da desordem do Estado. Garanto que eles vão gostar. Mas a sugestão é abafada pela preocupação de acontecerem mortes na escola, por exemplo. Mirão e Serginho são da política linha dura. Já pensaram em corpos dentro de um ambiente pedagógico como forma de ensinar a nunca mais traficar na escola.

Ah! sobre Piaget, Freire não ouvir falar deles. Nem eles queriam estar presentes se estivessem vivos.

*Nomes fictícios pois alem de serem menores de idade, eu temo pela minha vida

Bicho de sete cabeças

"É preciso fingir, quem é que não fingi neste mundo? quem??? "



"é preciso fingir que é louco sendo louco."

terça-feira, 23 de setembro de 2008

as 48 leis do poder...

Um dia, em 1926, um homem alto e bem vestido foi visitar Al Capone, o mais temido gangster da sua época. Falando com um elegante sotaque continental, o homem se apresentou como conde Victor Lustig. Ele prometeu a Capone que, se lhe desse 50 mil dólares, seria capaz de duplicar essa quantia. Capone tinha fundo mais do que suficientes para cobrir o “investimento”, mas não o hábito de confiar grandes somas a estranhos. Ele examinou o conde, algo naquele homem era diferente – o seu estilo chique, seu modos, – e resolveu experimentar. Ele mesmo contou as notas e as entregou a Lustig. “Tudo Bem, conde” disse Capone. “Dobre isso em 60 dias, como disse.” Lustig saiu com os dólares, guardou-os num cofre em Chicago e foi para Nova York, onde tinha em andamento outros planos para ganhar dinheiro.


Os 50 mil dólares ficaram no cofre do banco intocados. Lustig não fez nada para duplicá-los. Dois meses depois, ele voltou a Chicago, pegou o dinheiro e foi novamente falar com Capone. Olhando os rostos impassíveis do seu guarda-costas, ele sorriu constrangido e disse, “Sinto muito, Sr. Capone, mas lamento lhe dizer que o plano falhou... eu falhei”.

Capone se ergueu devagar. Olhou para Lustig com ar ameaçador, pensando em que parte do rio o jogaria. Mas o conde colocou a mão no bolso do casaco, retirou os 50 mil dólares e os colocou sobre a mesa. “Aqui Senhor, o seu dinheiro, até o último centavo. Mais uma vez, minhas sinceras desculpas. É muito constrangedor. As coisas não funcionaram como pensei. Adoraria ter duplicado o dinheiro para o senhor e para mim – Deus sabe como eu precisava disso – mas o plano não se concretizou.”

Capone despencou na poltrona, confuso. “Sei que você é charlatão, conde”, disse Capone. “Soube no momento em que entrou aqui. Eu esperava os cem mil dólares ou nada. Mas isto... receber de volta o meu dinheiro... bem”. “Minhas desculpas, novamente, Sr. Capone” disse Lustig, pegando o chapéu e se preparando para sair. “Meu Deus! Você é honesto!”, Gritou Capone. “Se está em dificuldade, fique com cinco mil. para ajudar por enquanto.” Ele retirou cinqüenta notas de cem dólares do maço de 50 mil. O conde parecia atordoado, curvou-se profundamente, murmurou um agradecimento e saiu, levando o dinheiro.


Os cinco mil dólares era o que Lustig pretendia desde o inicio

Retirado do livro As 48 leis do Poder GREENE, 2000

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Amor Líquido:

Sobre a Fragilidade das Relações Humanas

Zygmunt Bauman

Diante do ritmo surpreendente das mudanças em praticamente todos os detalhes do ambiente em que vivemos, da aguda incerteza sobre a vida futura e curta – as expectativas de cada “projeto” em que estamos atualmente envolvidos –, precisamos muito de um ponto de referência estável e confiável que possa suportar as correntes transversais. E onde seria melhor procurá-lo do que em amigos leais sempre prontos a segurar nossas mãos, parcerias inquebrantáveis e uniões que durariam “até que a morte nos separe”? Por outro lado, no mesmo “mundo de fluxos” em que nada consegue manter sua forma por muito tempo, e preciso muita ousadia (e hesitação, e bater no peito e remorsos) para assumir compromissos de longo prazo e, assim, hipotecar futuras oportunidades das quais ainda não podemos saber, mas podemos ter certeza de que surgirão. Quanto mais próximo e um relacionamento, mais ele parece ao mesmo tempo uma promessa e uma ameaça. Não admira que uma “rede” possa parecer uma alternativa sedutora aos laços. Em uma rede, como você sabe, desligar-se é tão fácil quanto ligar-se.

domingo, 21 de setembro de 2008

Para Crêr: São Pio de Pietrelcina

"Se chegássemos a saber os méritos que obtemos pelas tentações sofridas com paciência e vencidas, quase exclamaríamos: Senhor, envia-nos tentações!"

São Pio de Pietrelcina

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Meus óculos?

- Cadê os seus óculos?!

Pergunta da doutora hoje de manhã quando terminei o exame de vista obrigatório para tirar o laudo médico a fim de exercer a função de professor.

- “Não tenho!” Respondi.

-“Pois é, Não tinha!”

Cinco dias depois de ter assistido “Ensaio sobre a Cegueira”, me encaminharam para o oftalmologista, mas só são as letrinhas das duas útimas fileiras que eu não enxergo. Continuo a caminhar sem guia e com um pouco de razão.

domingo, 14 de setembro de 2008

Jesus e a vontade de Deus

Logo após a nossa conversão – o encontro com Cristo ou a aceitação da mensagem da salvação, somos instados a 'estar na vontade de Deus'. Essa ênfase, apesar de em tese correta, carrega vícios e incompreensões perigosas, pelo excesso de religião e legalismo.

Primeiro que não existe o centro da vontade de Deus para a vida do cristão.

Em segundo lugar, que a vontade e o comportamento são resultantes de uma causa anterior na vida do cristão, e isso em si é recomendado, enfatizado e até ordenado por Jesus. Vou procurar assim ser simples, curto e muito objetivo.

Logo após a nossa conversão ou compromisso com o senhorio de Cristo, deveríamos – isso sim – ser impelidos de imediato a conhecer o significado de João 15, quando Jesus nos trata como ramos da videira, Ele mesmo sendo a própria e a verdadeira e o Pai sendo o agricultor. A figura central aqui é totalmente pertinente ao novo viver. No verso 5 temos mais uma chave: permanecer nele para que Ele permaneça em nós. E quando isso é verdadeiro, há muitos frutos. Ou seja, o ramo (galho, extensão) da árvore, dá sentido: faz fluir frutos.

Nos versos seguintes Jesus esclarece um pouco mais: "se pemanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será concedido." Ou seja só haverá uma só sintonia entre o que se quer orar e pedir, se estivermos com Ele e somente se as Suas palavras estiverem também em nós.

Só de seguir do primeiro ao sétimo verso já 'desmascaramos' muito do que é o Cristianismo de gaveta. Utilizo aqui uma figura de linguagem corporativa. Quero dizer 'por gaveta' quando publicamente se transmite uma aparência de compromisso, como se este fosse definitivo, mas que é tão somente de fachada. A verdadeira agenda está escondida na gaveta – onde poucos a conhecem. Externa-se através da dissimulação o que se quer dar a entender, porém não é o que importa - pois o principal está escondido.

Só que temos mais desdobramentos no texto da videira verdadeira. "Meu Pai é glorificado nisto: em que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos." Pegando então o fio da meada: permanecer em Cristo, permanecer nas palavras, atuar na cumplicidade (conheço tão intimamente o Mestre, permaneço tão fortemente nEle e nas Suas palavras, que falamos a mesma língua naquilo que peço e oro, e que me é concedido). Essas ênfases são de mundo interior. E o que fazemos a partir daí é mundo exterior.

O ser discípulos é mundo interior, o dar frutos é mundo exterior. O permanecer nEle, na palavra, buscar a glória do Pai, orar (pedir e ser concedido) é mundo interior. E mundo interior é causa. Os frutos, as ações, o amor expresso – é mundo exterior. E mundo exterior é o efeito (a conseqüência).

Está aí objetivamente a vontade de Deus expressa: sermos discípulos. É isso que importa. Essa é a verdadeira agenda. Oito simples versos, que quando levados a sério, faz cair por terra a discussão do centro da vontade de Deus.

Façamos certo o princípio, o início da verdadeira agenda. Só de botar o pé nessa estrada, como discípulos, já estaremos garantindo uma boa e certeira caminhada cristã.

Volney Faustini
prosado em http://volneyf.blogspot.com/

LHC e o fim do mundo

O mundo não acabou!
Na madrugada de quarta-feira passada, o LHC, o gigantesco acelerador de partículas nos arredores de Genebra, na Suíça, passou por seu primeiro teste. Um feixe de prótons viajou em torno do anel de 27 km de circunferência a uma velocidade próxima à da luz, completando cerca de 11 mil voltas em um segundo.

Em alguns meses, quando o LHC estiver funcionando para valer, dois feixes de prótons correrão em sentidos opostos e colidirão de cabeça dentro de enormes detectores. Essas colisões terão energias jamais atingidas na Terra: apenas durante os primeiros instantes após o Big Bang, o venerável evento que deu origem ao cosmo, as partículas colidiam constantemente com tal energia. Por isso, o LHC é chamado de "máquina do Big Bang".

Toda nova tecnologia gera um misto de expectativa e medo, especialmente quando quebra novas barreiras do conhecimento, como é o caso do LHC. No século passado, o mesmo ocorreu antes do teste da primeira bomba atômica, no deserto de Álamo Gordo: cálculos indicavam que existia uma probabilidade mínima de a explosão rasgar a atmosfera, possivelmente acelerando a extinção da vida no nosso planeta. O teste veio, a explosão ocorreu, o mundo não acabou.

No caso do LHC, bem mais inofensivo, o medo vem da possibilidade de miniburacos negros serem gerados durante as colisões. Dada a reputação nefasta desses objetos astrofísicos, especulações pipocaram em blogs do mundo inteiro: será que esses buracos negros irão crescer e tragar a Terra inteira? Será que esses físicos finalmente conseguirão acabar conosco?

Vários processos foram abertos, tentando bloquear a operação do LHC. Felizmente, foram rejeitados por juízes que, se não conhecem a física, ao menos obtiveram boa consultoria a respeito. Como garante a equipe de segurança do próprio Cern, o laboratório onde fica o LHC, não há qualquer perigo de que algo assim ocorra (public.web.cern.ch/Public/en/LHC/Safety-en.html). Os miniburacos negros que podem ser produzidos no LHC evaporam em frações de segundo, sendo incapazes de qualquer efeito macroscópico. Na natureza, raios cósmicos também atingem energias altíssimas e podem, a princípio, produzi-los. Apesar de sermos constantemente bombardeados por raios cósmicos, ainda estamos aqui.

Mais interessante do que as supostas ameaças é a sociologia do experimento. Dezenas de países e milhares de cientistas do mundo inteiro contribuíram para a construção do LHC. A física de partículas experimental é hoje uma atividade internacional.

Os Estados Unidos, que dominarão a pesquisa nesse campo enquanto o LHC não estiver operando plenamente, entraram com mais de US$ 500 milhões no projeto. No total, o LHC custou em torno de US$ 8 bilhões. Seria trágico se nada muito extraordinário fosse encontrado. Existem várias previsões teóricas do que pode ser encontrado, algumas realistas e outras bem especulativas (como os miniburacos negros). Se apenas o mais "mundano" for visto, como o bóson de Higgs, a partícula que presumivelmente determina a massa de todas as outras partículas de matéria, o LHC terá servido para confirmar o que já era esperado. Mesmo que essa confirmação seja um feito espetacular, será como beber champanhe choco. A verdadeira missão do LHC é manter vivo um campo de pesquisa que, devido aos seus enormes custos, fica cada vez mais difícil de justificar ao público.

De minha parte, torço para que não só o Higgs seja descoberto como para que algo inesperado ocorra. Nada como uma boa surpresa para atiçar a curiosidade humana. E a natureza, sem dúvida, é cheia delas.

Marcelo Gleiser é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo"

Publicado hoje na folha de são paulo, caderno mais

Para Crêr: Salvador canta Montaña

Montaña, Salvador



quinta-feira, 11 de setembro de 2008

o mundo está pior???

sobre o noticiário eu penso que...

"Não foi o mundo que piorou, as coberturas jornalísticas é que melhoraram muito"

Gilbert Keith Chesterton — Inglês (1874-1936) — Romancista, poeta

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Maluf...O SHOWMAN

Se eleição fosse sabatina, Maluf ganhava todas no primeiro turno.

Na escola, ele já tirava 10 em prova oral de Biologia, sem saber absolutamente nada da matéria.
Um talento!

prosado em Tutty Vasques

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Oscar Wilde

“Vivemos numa época em que as pessoas são tão trabalhadoras que ficam estúpidas.”
Oscar Wilde