terça-feira, 11 de outubro de 2011

11´09´´01 O 11 de Setembro do Chile

Repostando... . O filme deste post mostra uma versão do canadense Ken Loach sobre um outro 11 de setembro, o 11 de Setembro de 1973 no Chile. Versão para americano nenhum botar defeito.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

A inadiável decisão

Em 1757 Jean-Jacques Rousseau escreveu Emílio, um romance que marcará profundamente o pensamento pedagógico moderno; nessa obra ele propõe princípios e métodos educacionais que impeçam que uma criança (sempre boa por natureza, tal como, acredita ele, assim nasce qualquer mulher e homem) torne-se má ao ficar adulto. Rousseau proclama a “bondade natural” das pessoas, mas teme sempre que a vida social apodreça essa condição inicial; desse modo é preciso uma educação com métodos ativos com respeito á personalidade infantil, e que impeça a concorrência de descaminhos maléficos.

Na mesma Europa do Filósofo Rousseau, mas já no século XX uma menina alemã de ascendência judaica teve de interromper um “diário” em que escrevia como vivia escondida durante dois anos em um forro de uma casa em Amsterdã. Anne Frank foi aprisionada na Holanda pelos nazistas que, caçavam sem piedade aos que tivessem qualquer vínculo semita. Entre 1942 e 1944 ela houvera anotado (como em um blog) tudo o que sentia, vivia e doía no esconderijo; mas também indicava as alegrias e esperanças que despontavam em meio ao pânico habitual, daqueles que, a qualquer instante, podem ser vitimados pelo hediondo.

Essa adolescente aos 15 anos de idade, foi levada para a Alemanha, ao campo de concentração; em Abril de 1945 as forças aliadas representadas pelos ingleses, conseguiram tomar esse campo e se depararam com a mais real constatação do horror: milhares de cadáveres e o registro sistemático do assassinato de quase 40.000 pessoas, entre elas, Anne, executada um mês antes da tomada.

Em 1947 as anotações da menina sobreviveram e foram publicadas como “O diário de Anne Frank”. O mais incrível, porém, é encontrar nesse diário uma frase de surpreendente de Anne: “Apesar de tudo, eu ainda creio na bondade humana”. Como é possível? Depois de tudo? Tanto padecimento, tanto martírio, tanta tortura, tanta atrocidade! E, de novo, tanta confiança e alento.

A maldade não é humana? Chama-se de brutalidade, bestialidade ou animalidade ao ato praticado por um homem ou uma mulher que pareçam ter perdido o juízo ou feito algo que se entende como desumano. Desumano? Ora, somos capazes disso! Nossa liberdade nos permite e nos incrimina, nosso arbítrio nos autoriza e nos inculpa; diferentemente de outros seres, temos maior condição de autonomamente decidir e desobedecer.

Crédulo Rousseau, inocente Anne. Ou, é melhor sermos funestamente realistas? Ainda há tempo; qual a nossa escolha?

Autor: Mario Sergio Cortella
in Não espere pelo Epitáfio

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Novo e Novidade

Vale a leitura do Frei Betto e Cortella... achei o livro caro pela espessura, mas voce consegue ler ele em uma hora nas almofadas da livraria cultura, achei muito boa a distinção entre novo e novidade.

Sobre a esperança: diálogo. São Paulo: Papirus, 2007

"à distinção entre novo e novidade, gostaria de ressaltar ainda que, além da imensa profusão de novidades, hoje, no nosso cotidiano, elas têm em comum o fato de serem modismos; elas passam, a precariedade é sua principal característica. Já o novo é algo que se implanta, que revoluciona e permanece no tempo. Por exemplo, a mensagem de Sócrates por meio de Platão é nova, revolucionária. O novo é aquilo que mantém a vitalidade, que é viçoso. Outros exemplos que eu poderia citar são a música de Mozart e de Catulo da Paixão Cearense, assim como a obra de Mestre Ataíde ou de Aleijadinho Todas essas manifestações são novas, não são meras novidades.

No mundo de hoje, creio que parte dos jovens perde o foco da possibilidade de esperança porque persegue o urgente e a novidade, deixando o que é importante e também aquilo que é novo de lado."

(Cortella, In: Betto e Cortella, 2007, p. 301).

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ed René Kivitz - TALMIDIM 001: Reflexões Diárias

talmidim. [do hebraico] S. m. pl.: aprendizes, discípulos

Na Galiléia do tempo de Jesus, os meninos em Israel iniciavam seus estudos da Torah aos 6 anos de idade. Aos 10 anos já tinham a Torah decorada. Terminado esse primeiro estágio na escola primária (Beit Sefer), a maioria dos meninos se dedicava a aprender o ofício da família. Os que se destacavam seguiam estudando na escola secundária (Beit Talmud) e mergulhavam no restante das Escrituras e na tradição oral dos rabinos e suas muitas interpretações e aplicações da Lei de Moisés. Aos 14 e 15 anos, somente os melhores entre os melhores estavam estudando, geralmente aos pés de um rabino famoso e respeitado. Esses pouquíssimos meninos da elite intelectual de Israel eram chamados talmidim (trad. discípulos).

TALMIDIM é o tema que escolhi para o videocast com reflexões diárias a respeito dos conceitos fundamentais da espiritualidade cristã, tendo como referência a relação de Jesus de Nazaré com os seus talmidim. Convido você a colocar o pé na estrada e me acompanhar nessa aventura de seguir a Jesus.