"O ANO podia ter sido pior -aliás, tudo nesta vida e na outra podia ser pior.Sempre impliquei com o lugar-comum que obriga a humanidade a maldizer o ano que passou e a bajular o ano que chega, desejando-o próspero. A verdade é que todos os anos que já maldizemos, íntima ou publicamente, todos os anos que ficamos aflitos em vê-los para trás, todos esses anos - repito - foram prósperos no início e acabaram malditos, como os demais. Quem inventou essa prosperidade?"
Prosear é um jeito de falar. Fala sem objetivo definido, como o vôo dos urubus - indo ao sabor do vento. Palavras fluindo. Para prosa não existe 'ordem do dia', não há conclusões, não há decisões. A prosa não quer chegar a nenhum lugar. A prosa encontra sua felicidade em prosear. Como andar de barco a vela em que o bom não é chegar mas o 'estar indo'. Rubem Alves
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Quem inventou essa Prosperidade?
Acho Cony um pouco desesperançoso, cético com tudo. Não recomendo a leitura dele sem uma outra literatura para balancear. mas o cara tá velho, viu de quase tudo nessa vida, não é bom ignora-lo, e aqui segue um trecho da sua crônica publicada no dia de hoje para a Folha de São Paulo.
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