quarta-feira, 24 de junho de 2009

Pagando bem...

Oh mundinho mediocre, mediocre e mediocre. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidi que não é crime pagar por sexo com menor.
Lembro-me de um texto que lia um dia desses (prometo procurar e postar por aqui) do Luiz Felipe Pondé em que ele sinalizava para o dia em pedofilia deixaria de ser crime. Estamos chegando lá, que Estado é esse em que crianças de 13 anos vendem sexo e esse mesmo Estado no poder do Juduciário decide que quem paga não é criminoso.

"Parem o mundo que eu quero descer..."

A Justiça é cega e não bate bem

Entre todos os três poderes, o Judiciário brasileiro é o mais complicado. O Executivo e o Legislativo, pelo menos, se submetem a diversos tipos de controle - quase todos falhos e pouco eficientes, é verdade. De qualquer jeito, é possível, de tempos em tempos, expurgar, mesmo que temporariamente, alguns de seus frutos mais podres. Em eleições, por exemplo, cabe a quem vota não reconduzir ao cargo quem não merece. Já com o Judiciário…

Pois o Superior Tribunal de Justiça decidiu que não é crime pagar por sexo com menores de idade. O processo, originalmente, é de Mato Grosso do Sul. E o STJ confirmou assim a decisão de instâncias inferiores. Os dois réus pagaram para fazer sexo em um motel com três adolescentes, de 12 e 13 anos. A alegação foi de que não há “crime de exploração sexual de menores por considerar que as adolescentes já eram prostitutas reconhecidas”.
Ou seja, para o STJ, vale fazer sexo com criança desde que ela receba por isso.

Prosado em
Luiz Antonio Ryff

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sobre Pensar...

Pensar
Minha filha me fez uma pergunta: “O que é pensar?”. Disse-me que esta era uma pergunta que o professor de filosofia havia imposto à classe. Pelo que lhe dou os parabéns. Primeiro, por ter ido diretamente à questão essencial. Segundo, por ter tido a sabedoria de fazer a pergunta, sem dar a resposta. Porque se tivesse dado a resposta, teria com ela cortado as asas do pensamento. O pensamento é como a águia que só alça vôo nos espaços vazios do desconhecido. Pensar é voar sobre o que não se sabe. Não existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas certas. Para isso existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido.

E, no entanto, não podemos viver sem respostas. As asas, para o impulso inicial do vôo, dependem dos pés apoiados na terra firme. Os pássaros, antes de saber voar, aprendem a se apoiar sobre os seus pés. Também as crianças, antes de aprender a voar têm de aprender a caminhar sobre a terra firme.

Terra firme: as milhares de perguntas para as quais as gerações passadas já descobriram as respostas. O primeiro momento da educação é a transmissão desse saber. Nas palavras de Roland Barthes: “Há um momento em que se ensina o que se sabe…” E o curioso é que este aprendizado é justamente para nos poupar da necessidade de pensar.

As gerações mais velhas ensinam às mais novas as receitas que funcionam. Sei amarrar os meus sapatos, automaticamente, sei dar o nó na minha gravata automaticamente: as mãos fazem o trabalho com destreza enquanto as idéias andam por outros lugares. Aquilo que um dia eu não sabia me foi ensinado; eu aprendi com o corpo e esqueci com a cabeça. E a condição para que as minhas mãos saibam bem é que a cabeça não pense sobre o que elas estão fazendo. Um pianista que, na hora da execução, pensa sobre os caminhos que seus dedos deverão seguir, tropeçará fatalmente. Há a história de uma centopéia que andava feliz pelo jardim, quando foi interpelada por um grilo: “Dona centopéia, sempre tive a curiosidade sobre uma coisa: quando a senhora anda, qual, dentre as suas cem pernas, é aquela que a senhora movimenta primeiro?”. “Curioso”, ela respondeu. “Sempre andei, mas nunca me propus esta questão. Da próxima vez, prestarei atenção”. Termina a história dizendo que a centopéia nunca mais voltou a andar.

Todo mundo fala, e fala bem. Ninguém sabe como a linguagem foi ensinada e nem como ela foi aprendida. A despeito disso, o ensino foi tão eficiente que não preciso pensar em falar. Ao falar, não sei se estou usando um substantivo, um verbo ou um adjetivo, e nem me lembro das regras da gramática. Quem, para falar, tem que se lembrar dessas coisas, não sabe falar. Há um nível de aprendizado em que o pensamento é um estorvo. Só se sabe bem com o corpo aquilo que a cabeça esqueceu. E assim escrevemos, lemos, andamos de bicicleta, nadamos, pregamos prego, guiamos carros: sem saber com a cabeça, porque o corpo sabe melhor. É um conhecimento que se tornou parte inconsciente de mim mesmo. E isso me poupa do trabalho de pensar o já sabido. Ensinar, aqui, é inconscientizar.

O sabido é o não pensado, que fica guardado, pronto para ser usado como receita, na memória deste computador que se chama cérebro. Basta apertar a tecla adequada para que a receita apareça no vídeo da consciência. Aperto a tecla moqueca. A receita aparecerá no meu vídeo cerebral: panela de barro, azeite, peixe, tomate, cebola, coentro, cheiro-verde, urucum, sal, pimenta, seguidos de uma série de instruções sobre o que fazer.

Não é coisa que eu tenha inventado. Me foi ensinado. Não precisei pensar. Gostei. Foi para a memória. Esta é a regra fundamental desse computador que vive no corpo humano: só vai para a memória aquilo que é objeto do desejo. A tarefa primordial do professor: seduzir o aluno para que ele deseje e, desejando, aprenda.

E o saber fica memorizado de cor – etimologicamente, no coração -, à espera de que o teclado desejo de novo o chame de seu lugar de esquecimento.

Memória: um saber que o passado sedimentou. Indispensável para se repetir as receitas que os mortos nos legaram. E elas são boas. Tão boas que nos fazem esquecer que é preciso voar. Permitem que andemos pelas trilhas batidas. Mas nada têm a dizer sobre os mares desconhecidos. Muitas pessoas, de tanto repetir as receitas, metamorfosearam-se de águias em tartarugas. E não são poucas as tartarugas que possuem diplomas universitários. Aqui se encontra o perigo das escolas: de tanto ensinar o que o passado legou – e ensinou bem – fazem os alunos se esquecer de que o seu destino não é passado cristalizado em saber, mas um futuro que se abre como vazio, um não-saber que somente pode ser explorado com as asas do pensamento. Compreende-se então, que Barthes tenha dito que, seguindo-se ao tempo em que se ensina o que se sabe, deve chegar o tempo em que se ensina o que não se sabe.

Rubem Alves
retirado do blog não oficial do autor http://rubemalves.wordpress.com/

sexta-feira, 19 de junho de 2009

País é o que mais desperdiça aula com bronca

Docentes de escolas no Brasil gastam 18% do tempo das classes para manter disciplina; pesquisa abrangeu 23 países

Bulgária é o país onde os professores conseguem aproveitar melhor o tempo das aulas, seguido por Estônia e Hungria

A fala do presidente Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação, Roberto de Leão

"...é fato que muito do tempo do professor é roubado por tarefas que não deveriam ser dele. Ele precisa muitas vezes fazer a função de psicólogo, pai ou assistente social, já que todos os problemas sociais acabam convergindo para a escola."

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Anne Frank

















Amanhã, 12 de Junho, ela faria 80 anos, mas se tornou uma das vitimas do Holocausto e morreu aos 15 anos de Tifo no campo de concentração em Bergen-Belsen em 1945.

Falo de Anne Frank que escreveu em um diário suas dúvidas, intrigas e medos de adolescente, como se escreve em um blog nos dias de hoje; não bem como em um blog, porque escrevia para um único confidente, o seu diário; não escrevia para ser lida escrevia em tom de desabafo para ser compreendida pelo diário a quem dera o nome de Kitty. Compreendida nem tanto como judia, mas mais como adolescente com as suas birras, mudanças comportamentais, teimas e dúvidas sobre a vida que a cercava. Escrevia em Amsterdã, na Holanda, escondida num anexo secreto do escritório de sua família.

Em comemoração a data a instituição Anne Frank Trust-UK, da Grã-Bretanha, divulgou uma fotografia de como seria a aparência dela se tivesse sobrevivido ao século XX.

http://www.annefrank.org.uk/

imagem tirado do portal Terra

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Genealogia resumida do Príncipe D. Pedro Luiz:

Genealogia resumida do Príncipe D. Pedro Luiz, morto no acidente de avião em Junho de 2009:

D. João VI, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1767-1826)
D. Pedro I, Imperador do Brasil (1798-1834)
D. Pedro II, Imperador do Brasil (1825-1891)
D. Isabel, a Redentora (1846-1921)
D. Luiz de Orleans e Bragança (1878-1920)
D. Pedro Henrique de Orleans e Bragança (1909-1981)
D. Luiz de Orleans e Bragança, atual Chefe da Casa Imperial do Brasil (1938)
D. Bertrand de Orleans e Bragança, atual Príncipe Imperial do Brasil (1941)
D. Antônio de Orleans e Bragança, atual Príncipe do Brasil (1950) e pai de D. Pedro Luiz
D. Pedro Luiz de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil (1983 – 2009)

prosado no blog http://causamonarquica.wordpress.com/2009/06/03/sar-principe-dom-pedro-luiz-maria-jose-miguel-gabriel-rafael-gonzaga-de-orleans-e-braganca/

Sobre os 200 anos da chegada da família real (flash)

Link especial sobre os 200 anos da chegada da família real

Há exatos 200 anos, a Corte portuguesa aportava no Rio de Janeiro. Conheça os personagens deste marco histórico e leia análises sobre seu impacto

http://www.estadao.com.br/especiais/200-anos-da-chegada-da-familia-real,13805.htm