sábado, 15 de novembro de 2008

Sou Classe média

"" tô nem aqui" se morre gente ou tem enchente em Itaquera"

retrato da classe de merda, ops! classe média



prosado em Pavablog

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Escola do crime

ou o crime da sociedade

A PESQUISA SOBRE violência nas escolas públicas feita pela Udemo (Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de SP) de que falou ontem este caderno Cotidiano deveria ter feito pais, professores e administradores públicos passarem a noite em claro.

Os números são coisa de filme de terror. À pergunta "a escola sofreu algum tipo de violência em 2007?", 86% dos entrevistados responderam sim. Mais da metade das escolas já foi vítima de depredação, pichação ou dano a veículo de professor e, em 38% dos locais avaliados, houve registros de explosão de bombas.Brigas envolvendo agressão física entre estudantes ocorreram em 85% das instituições, e o desacato a mestres, funcionários ou à direção, em nada menos do que 88% das escolas. Ou seja, de cada dez escolas consultadas, pouco mais de uma parece estar conseguindo manter a ordem.

Não sou lá grande intérprete de estatísticas, mas se os números são realmente esses, a menos que os professores sejam todos uns chorões -o que não parece ser o caso-, é melhor declarar a falência do ensino público e lacrar de vez os portões de todas as escolas do Estado de SP.
A Secretaria Estadual da Educação classificou de "caso atípico" a ocorrência policial na escola Amadeu Amaral, no bairro do Belém, na zona leste, em que uma briga entre duas alunas serviu de estopim para o caos e a destruição da escola promovidos por 30 alunos.

Gostaria de saber o que pensam os mestres e funcionários de outras escolas públicas, obrigados a enfrentar as bestas-feras todos os dias, sobre a "atipicidade" do ocorrido.

A baderna que se viu na Amadeu Amaral é o tipo de insubordinação que se vê diariamente. E que simplesmente reflete o que acontece do lado de fora da instituição de ensino. A classe média não está minimamente interessada no assunto, mas a confusão foi promovida por jovens que se acostumaram a resolver contendas "no braço" com pais, professores, amigos e vizinhos.

Eles não são melhores nem piores do que os adolescentes que vieram antes deles. Apenas imitam o comportamento que vêem ao seu redor, tomando para si o mesmo código de sobrevivência que vigora em todas as comunidades carentes em que a lei não se faz presente. Acertar contas ameaçando "furar" ou "encher de pipôco" pode não ser ocorrência comum entre os freqüentadores dos shoppings centers, mas é conversa corriqueira nos bairros das periferias.

E não é papo exclusivo dos meninos, não. Todo mundo é obrigado a ser durão, quem piscar primeiro leva. É o faroeste, e ele está bem aí ao seu lado.Junte a isso pais que, mesmo tendo pouco, mimam sempre que lhes é dada a oportunidade, a figura paterna ausente, o comércio de drogas na porta de casa e a abundante oferta de armas de fogo, e você terá o ambiente que essa criançada encontra quando volta da escola.

Esperar que, diante da autoridade do professor, eles se transformem em cordeirinhos é não enxergar que temos em mãos uma geração que se perdeu. Mas, como a realidade é dura de enfrentar, melhor continuarmos a falar da ação da polícia na Amadeu Amaral, não é mesmo? A polícia, ao menos, já está acostumada a ser saco de pancada.

por Barbara Gancia Folha de São Paulo

Eu sempre digo em Off para para companheiros de trabalho... "Hoje o lamento é nosso, um dia ele estoura e se torna de toda a sociedade”

Não tem sistema carcerário que segure o que está por vir, a sociedade ainda vai pagar caro pelo descaso com a educação. Algumas salas de aulas são como bombas relógios que estão programadas, um dia ela estoura; é só uma questão de tempo. A visão é caótica.

É preciso penalizar os responsáveis pelas “bestas-feras” hoje. E é preciso dar um tratamento diferenciado para adolescentes infratores. Só transferir? Ele tem direito a educação, sim, mas antes de qualquer disciplina é preciso aprender a se relacionar a aprender a ser humano, a ter consciência de seus atos e a respeitar o outro.

Mundo Prosa: Pauta (nada) pedagógica: "uma escola pública da Periferia de São Paulo."

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Oscar Niemeyer

"A idade não é importante. O tempo não é importante. A arquitetura não é importante. O que nós criamos não é importante. Somos muito insignificantes. O que é importante é ser tranqüilo e otimista"

Oscar Niemeyer, em entrevista ao jornal britânico The Times

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Let the issues be the issue


Presidential candidates Barack Ussein Obama and John McCain had their ethnical traces exchanged in an anti-racist vote campaign.

Between the two candidates is the slogan: "Let the issues be the issue".
The posters were designed by Tor Myhren, who told the design website coolhunter.net that they were intended as a message to the public that they should cast their votes based on the candidates' policies and ignore their racial differences.

However, Mr Myhren's message may not have reached as many people as he'd intended. The posters have swiftly become collectors' items, with several having been removed from streetsides by passers-by.

http://www.thecoolhunter.net/


Os candidatos à presidência dos EUA Barack Hussein Obama e John McCain tiveram seus traços étnicos trocados neste poster de propaganda anti-racista, onde se lê a frase: "Let the issue be the issue", que pode ser traduzida por "Deixe que a questão crucial prevaleça". Ou seja, não se prenda pela etnia do candidato, mas por suas propostas.
Os cartazes foram desenhados por Tor Myhren, que disse ao site coolhunter.net que a intenção é transmitir aos eleitores a idéia de que devem votar com base nas idéias dos candidatos, e não em suas diferenças étnicas.
Todavia, a mensagem de Myhren poderá não chegar a tanta gente quanto ele pretendia, pois os cartazes estão sendo levados por passantes, como suvenires.


Bem prosado em De tudo, um pouco