sábado, 17 de maio de 2008

Será óptima?

Entre os muitos aprendizados que a universidade me proporcionou, aprendi que o meu nome Laércio é com acento no “e” porque toda palavra paroxítona terminada com ditongo é acentuada. Agora que o parlamento português aprovou o acordo ortográfico que beneficia em muito o mercado editorial brasileiro, diga-se de passagem, não sei como fica o meu nome nessa história. Ou como vai ficar toda essa regra com os ditongos e paroxítonas da nossa língua portuguesa. Confesso que nunca sou muito adepto dessas regras, acho muito complicado e ignoro muita coisa e, como já disse descobri a razão do meu acento agudo só na universidade.
Acho que uma coisa óptima (como vão deixar de escrever os portugueses) que esse acordo poderia trazer é o fim, ou pelo menos a clareza do uso da crase.
Uma outra versão dessa mudança ortográfica é a de outros países de língua portuguesa que são desconsiderados, como Angola por exemplo, que como lembra o blog Angola, Debates & Ideias, os países da Africa nada ganham com o uso da língua portuguesa.
A bem da verdade esse acordo tem como maior beneficiário editoras que tem interesse de no mercado editorial dos dois países.
Eu não sei quem mais se beneficiará portugueses ou brasileiros, mas é significativo que esse acordo venha acontecer no ano de 1808, 200 anos depois da coroa ter vindo pra cá, e garantido que todo esse território falasse o bom português.

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