segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Paulo Freire:

Terminei de Ler a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire. Agora é dar um tempo com outras leituras e só depois partir para o Pedagogia da Esperança.

Alguns trechos

"Raros são os camponeses que, ao serem “promovidos” a capatazes, não se tornam mais duros opressores de seus antigos companheiros do que o patrão mesmo. Poder-se-á dizer – e com razão – que isto se deve ao fato de que a situação concreta, vigente, de opressão, não foi transformada. E que, nessa hipótese, o capataz, para assegurar seu posto, tem de encarnar, com mais dureza ainda, a dureza do patrão. "



“o grande problema está em como poderão os oprimidos, que ‘hospedam’ o opressor em si, participar da elaboração, como seres duplos, inautênticos, da pedagogia de sua libertação. Somente na medida em que se descubram ‘hospedeiros’ do opressor poderão contribuir para o partejamento de sua pedagogia libertadora”

“há, por outro lado, em certo momento da experiência existencial dos oprimidos, uma irresistível atração pelo opressor. Pelos seus padrões de vida. Participar desses padrões constitui uma incontida aspiração. Na sua alienação querem, a todo custo, parecer com o opressor”


“Até o momento em que os oprimidos não tomem consciência das razões de seu estado de opressão 'aceitam' fatalisticamente a sua exploração. Mais ainda, possivelmente assumam posições passivas, alheadas com relação à necessidade de sua própria luta pela conquista da liberdade e de sua afirmação no mundo.”

Paulo Freire A Pedagogia do Oprimido

Nenhum comentário: