terça-feira, 22 de julho de 2008

Mafalda e a cartografia do nosso mundo.

A cartografia do mundo desenvolvido

Além de transmitir informações a respeito de lugares existentes em nosso planeta, sejam elas financeiras, econômicas ou culturais, em vários momentos da história as projeções cartográficas serviram também como instrumentos político-ideológicos ao serem utilizadas para disseminar um determinado ponto de vista a respeito do mundo. Um exemplo disso são os mapas-múndi que tradicionalmente apresentam a linha do Equador e o Meridiano de Greenwich centralizados na representação da superfície do planeta e nos quais a Europa aparece no “centro” do Mundo.

Essa visão chamada de visão eurocêntrica esta presente também no fato de as projeções serem elaboradas com o norte na parte superior e utilizadas como forma de transmitir a idéia de superioridade dos povos europeus em relação a outras civilizações. Tal visão possui um poder de convencimento tão forte que pode levar muitas pessoas a entenderem como um “erro” o fato de se usar o mapa com o Sul posicionado na parte superior, ou seja, de usar o planisfério “invertido” ou de “cabeça pra baixo”.

Somente no século XX é que alguns cartógrafos resolveram romper com essa dominante do mundo, ou seja, a partir de países ricos e industrializados no hemisfério Norte.

Retirado do livro Geografia Espaço e vivencia


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